A Baixada Santista deve enfrentar grandes congestionamentos nos acessos ao Porto de Santos nos próximos dias, por conta do feriadão de Independência, na terça-feira. As filas de caminhões e carretas nas estradas serão maiores do que nas últimas semanas. Para representantes do setor portuário, tais problemas serão inevitáveis, até porque a Ecovias prevê a chegada à região de 410 mil veículos até terça.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Cargas do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, a tendência é haver dias negros nos acessos à região. Já nos é comum enfrentar congestionamentos. Quando o volume aumenta, o trânsito fica pior.
Os motoristas de carros de passeio que descem a Serra em busca de lazer não são, contudo, os únicos protagonistas dos congestionamentos registrados às vésperas e ao término dos feriadões.Os donos das cargas que serão embarcadas no Porto antecipam suas entregas aos terminais, ou deixam para enviá-las apenas no dia seguinte ao recesso, intensificando ainda mais o trânsito em direção ao complexo santista.
Basta lembrar o que aconteceu na volta do Dia da Independência do ano passado: milhares de caminhões represados, formando filas que se estenderam pela Via Anchieta.
A Tribuna apurou junto a representantes do setor que 10 mil caminhões deverão descer em direção ao Porto somente amanhã. Em dias normais, esse volume gira em torno de 5 mil. Na quarta-feira, o complexo deve receber cerca de 15 mil, considerando os que deixaram de operar no dia anterior mais o programado para a data.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Martin Aron, na atual situação de aumento de carga no Porto, vai haver congestionamento antes e depois do feriado.
Aron disse que um dos motivos para isso é o fato de os usuários do Porto não distribuírem a entrega das cargas durante todo o dia. Não se trabalha com o conceito de 24 horas. Concentram tudo das 7 às 19 horas. Durante a madrugada, o movimento cai drasticamente, embora os terminais estejam esperando para receber.
Marques da Rocha apontou, ainda, que a restrição da circulação de veículos de carga nas marginais de São Paulo é outro fator que colabora para o represamento da carga nos feriados.
Para José Luiz Ribeiro Gonçalves, queaté aúltima quarta-feira presidia o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos da Baixada Santista (Sindicam), o início do feriadão, amanhã, deve ser o mais complicado. O fluxo já está aumentando. No início do feriado poderemos ter muita gente mandando carga ainda, como está acontecendo com o açúcar.
08/09/2010
De Conexão marítima
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