Para o especialista em comércio exterior e técnico aduaneiro da
Mundial Import & Export Solutions, Carlos César Pilarski, isso
dificulta ainda mais a exportação brasileira, a importação de
componentes e, finalmente, encarece os preços ao consumidor interno.
Entre os motivos para o incremento estão a crise na Europa e o aumento
no preço do combustível a nível internacional. “O frete marítimo vem
encarecendo desde o início de 2012. Com a crise mundial, há menos gente
usando os transportes marítimos, isso aumenta naturalmente o frete.
Outro fator é o encarecimento do óleo pesado, produto derivado do
petróleo usado como combustível de navio”, explica. Os valores do frete,
que não passavam de US$ 900 por contêiner enviado do Brasil para a
Europa, já chegam a US$ 1.200. Para a Ásia, os custos já beiram US$ 2
mil por unidade. Pilarski acrescenta que esses aumentos abaixam a
competitividade dos produtos brasileiros no exterior.
MERCADO INTERNO
O panorama é ainda pior na importação, pois um contêiner embarcado na
Ásia pode ter seu frete avaliado em até US$ 6 mil. E para complicar a
situação dos brasileiros, o custo do frete é um dos componentes que
define o valor dos impostos de importação, PIS/COFINS, IPI e ICMS, o que
acaba afetando o preço do produto final. “É preciso considerar que,
mesmo as indústrias que fabricam produtos nacionais, usam componentes
importados. Com o aumento do frete, consequentemente, há um aumento no
valor dos impostos. Por sua vez, essas taxas contribuem para o
encarecimento do valor do produto já na liberação no porto, a grosso
modo, em 10%. É o efeito cascata que termina no valor do produto ao
consumidor final, que tem um aumento proporcional a partir de 4%”,
afirma Pilarski.
Fonte:Paranashop
Fonte : http://portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/geral/17287-aumento-de-frete-maritimo-afeta-precos-ao-consumidor
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