sexta-feira, 28 de março de 2014

Escala de navios de soja para abril no Brasil cai 40%.

A escala de navios previstos para partir de portos brasileiros em abril levando soja conta com um volume 40 por cento menor que o registrado um ano atrás, segundo dados de agências marítimas, em um indicativo de que a demanda chinesa está menos aquecida.
Até o momento, há cerca de 2,8 milhões de toneladas de soja previstas para embarque no próximo mês, contra 4,8 milhões de toneladas agendadas, um ano atrás, para abril de 2013, de acordo com levantamentos de agências marítimas analisados pela Reuters.
Se forem incluídos os navios ainda sem data prevista para atracar --mas que têm boas chances de serem embarcados em abril, tendo em vista a data de chegada ao porto e o tempo habitual de espera--, o "line-up" do próximo mês somaria 5,3 milhões de toneladas atualmente, contra 8,7 milhões para abril do ano passado.
"A China já mostrou que não está com tanta pressa de ter soja nos portos dela", disse o analista da Informa Economics FNP Aedson Pereira, que monitora este tipo de agendamento.
No início do mês, importadores chineses cancelaram até 600 mil toneladas de carregamentos de soja do Brasil e da Argentina para envio entre março e maio, segundo duas fontes do mercado asiático.
Uma semana depois, o executivo de uma grande empresa chinesa compradora de soja disse que estava tentando revender carregamentos que deverão ser exportados do Brasil em abril e maio, com a expectativa de que os Estados Unidos receberão os carregamentos.
A demanda chinesa por farelo de soja, usado na alimentação de aves e principal produto do esmagamento da soja, foi afetada por surtos de gripe aviária, que fizeram o apetite pelo ingrediente da ração cair em 20 a 30 por cento no período de fevereiro e março, comparado com meses normais, segundo especialistas.
"Temos tidos notícias dos cancelamentos de soja pela China. Não tem outra razão aparente (para a escala menor). Os volume negociados para o curto prazo realmente diminuíram", disse um corretor de grãos do Paraná.
A China, maior importador global da oleaginosa, respondeu por cerca de 80 por cento das compras de soja do Brasil em janeiro e fevereiro.
Uma analista de pesquisa de uma grande trading operando no Brasil disse que, um ano atrás, seu acompanhamento da escala de navios já incluía agendamentos de toda a soja prevista para embarque em abril e um terço do previsto para maio. Até o momento, os navios do line-up de abril são suficientes para embarcar apenas 80 por cento do volume esperado para o mês.
Para o próximo mês de maio, o interesse por agendamentos está ainda menor: não há nenhuma carga programada atualmente, segundo as agências marítimas, contra mais de 1,2 milhão de toneladas agendadas para maio, um ano atrás.
O ano de 2013 registrou um grande interesse por soja do Brasil, após uma quebra de safra nos Estados Unidos no fim de 2012.
A escala de navios é um importante indicador de como serão os embarques, mas não necessariamente representam o volume que o país exportará no período.
Recoarde Mantido 
Na opinião de analistas, ainda é cedo para acreditar que o Brasil não cumprirá as previsões de exportação recorde este ano.
O país deverá colher 85,4 milhões de toneladas da oleaginosa na atual temporada, segundo o Ministério da Agricultura, e exportar 44 milhões de toneladas do grão em 2014, de acordo com a Abiove, associação que reúne as grandes empresas do setor.
Se confirmadas essas projeções, o país colherá 5 por cento mais que na safra passada e exportará 3 por cento mais.
Pereira, da FNP, aposta em um escalonamento dos embarques ao longo do ano.
Ele lembra que o mercado aguarda uma grande colheita da oleaginosa nos Estados Unidos no segundo semestre, mas que os resultados da safra norte-americana ainda são incertos (já que o plantio ainda nem começou) e os estoques naquele país estão muito baixos.
"A soja dos EUA é só uma promessa. Por enquanto, só a do Brasil e a da Argentina é garantida. Não há porque o fluxo de embarques ceder demais", afirmou.
Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/escala-de-navios-de-soja-para-abril-no-brasil-cai-40-ante-2013-2?page=1

quinta-feira, 27 de março de 2014

Exportação impulsiona faturamento da indústria de máquinas.

Em fevereiro, a indústria de máquinas e equipamentos teve faturamento bruto de R$ 5,449 bilhões, aumento de 3,6% sobre o mês janeiro e queda de 4,9% em comparação a fevereiro do ano passado.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, o faturamento foi maior em função do crescimento das exportações.
As exportações aumentaram 34,7% em fevereiro na comparação ao mesmo mês de 2013, alcançando US$ 1,049 bilhão.
O resultado é 7,2% inferior a janeiro deste ano. Neste mesmo mês, as importações de máquinas e equipamentos somaram US$ 2,206 bilhões, mostrando queda tanto na comparação mês a mês (-26,4%) quanto na comparação com o ano anterior (-10,7%).
A China foi o país que mais exportou máquinas e equipamentos para o Brasil no mês de fevereiro.
O déficit comercial do setor somou US$ 1,158 bilhão, queda de 38% em comparação a janeiro e foi 40,9% menor em comparação a fevereiro de 2013.
Quanto ao pessoal ocupado, o setor apresentou queda de 0,1% na comparação mês a mês e 1,4% negativos na comparação com fevereiro do ano passado. Segundo a associação, o setor empregava 255.026 pessoas em fevereiro deste ano.

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/exportacao-impulsiona-faturamento-da-industria-de-maquinas

quarta-feira, 26 de março de 2014

Cresce disputa com aço importado.

A indústria siderúrgica brasileira busca caminho para estancar a perda seguida de competitividade nos últimos anos, tanto na exportação de produtos siderúrgicos semi-elaborados e acabados, quanto para concorrer com produtos importados, que chegam da Ásia e Leste europeu.

Um levantamento feito pelo setor mostra que a situação pode se agravar ainda mais, caso nada seja feito. "Mantido o ritmo dos últimos cinco anos, vamos chegar em 2022 com 58% do consumo aparente de aço do país tendo como origem material importado", afirma Benjamin Baptista Filho, presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil (IABr).

Atualmente, esse índice está na casa de 32%, considerando importações diretas (aços laminados na forma de chapas e bobinas) e indiretas - principalmente automóveis e autopeças, equipamentos e máquinas. Em 2008 era de 24,7%.

A China é apontada como o maior fantasma das siderúrgicas no Brasil e outros países da América Latina. Para Baptista, o Brasil não tem fôlego para exportar e as siderúrgicas vêm enfrentando o material importado ao custo de perda de margem de ganho. "É só olhar os balanços das empresas no Brasil dos últimos cinco anos".

Segundo ele, medidas que o governo tomou pouco mais de dois aos atrás (alta da alíquota de importação para alguns produtos), foram tiradas logo depois. "Deu com uma mão e tirou com a outra. A apreciação do dólar foi neutra, pois ela ocorreu ao mesmo tempo em todos os países competidores do Brasil". Ele aponta a lira turca, o rublo russo e a moeda da China.

Neste momento, quando o governo se preocupa mais em controlar a inflação, manifestações, questão energética e eleições, entre outros problemas, para o IABr a solução é adotar uma "proteção comercial emergencial" para a indústria de transformação do país.

A enxurrada de material de fora no país ocorreu em 2010. A entrada direta de aço mais que dobrou e alcançou quase 6 milhões de toneladas em relação a 2008. "Nos chamados aços planos, a participação do produto importado atingiu 25% naquele ano", disse Baptista. Atualmente, gira em torno de 12%, mas o nível considerado confortável é até 8%.

Já as importações indiretas, na mesma base de comparação, subiram cerca de 35%, para 4,2 milhões de toneladas no mesmo período e vêm mantendo um ritmo de crescimento anual acima de 10%, conforme os dados do IABr. A perda de mercado do setor no país, somados os dois movimentos de importação, equivale ao tamanho da Usiminas, com capacidade de fazer 9,5 milhões de toneladas de aço bruto por ano.

"Além do aço que entra, hoje somos atingidos por produtos chineses da cadeia metalmecânica, que reduz o mercado das siderúrgicas que têm fábricas aqui".

Segundo Baptista, a siderurgia brasileira tem hoje altos-fornos parados e outros operando com baixa carga. No ano passado, por volta de setembro, o setor conseguia ocupar apenas dois terços (65,8%)da capacidade instalada das usinas. "Devido a diversos fatores internos, como câmbio, elevação de custos de energia, mão de obra e a alta carga tributária, perdemos poder de competir internamente com material importado e no mercado externo, onde há um grande excesso de oferta de aço, principalmente da China". Em 2013, as exportações do país tiveram retração de mais de 17%.

O excesso de capacidade beira 580 milhões de toneladas, a maior parte na China. Para complicar, as usinas chinesas - "a maioria estatais que operam com prejuízos, mais preocupadas em gerar empregos nas províncias", segundo diz - têm planos de expansão de mais 105 milhões de toneladas de capacidade nova em alguns anos.

O IABr reúne as fabricantes de aço no país - Gerdau, ArcelorMittal, Usiminas ThyssenKrupp CSA, Votorantim, Sinobras, Aperam, Vallourec, VSB e Villares Metals. A CSN, que se retirou em 2010, deverá voltar em breve. Ao todo, operam 29 usinas de aço, aptas a fabricar 48,4 milhões de toneladas de aço bruto ao ano. Em 2013, fizeram 34,2 milhões de toneladas, com uma ociosidade de 30%. Atualmente, atinge 33%.


Fonte: http://cmaadvogados.blogspot.com.br/2014/03/cresce-disputa-com-aco-importado.html

terça-feira, 25 de março de 2014

Norte, Sul e Sudeste tiveram aumento de exportações no primeiro bimestre.

No primeiro bimestre de 2014, a Região Norte vendeu ao mercado externo US$ 3,010 bilhões, com crescimento de 11,45% sobre o comercializado no mesmo período do ano passado (US$ 2,701 bilhões). Estas vendas regionais representaram 9,42% das exportações totais brasileiras no período (US$ 31,960 bilhões). O Norte adquiriu US$ 2,835 bilhões no exterior, o que resultou no déficit de US$ 175 milhões. O Pará exportou US$ 2,562 bilhões, o maior valor entre os estados da região no bimestre (US$ 11,150 bilhões) e o Amazonas foi o maior importador regional no período (US$ 2,482 bilhões).
As exportações da Região Sul tiveram crescimento de 4,34% no bimestre. As vendas regionais passaram de US$ 5,323 bilhões, em 2013, para US$ 5,554 bilhões, em 2014, representando uma participação de 17,38% sobre o total exportado pelo país. Houve déficit regional no período de US$ 1,110 bilhão e as compras externas foram de US$ 4,124 bilhões. O estado que mais exportou no Sul foi o Paraná, com vendas bimestrais de US$ 2,217 bilhões, e o Rio Grande do Sul foi o que mais importou (US$ 1,545 bilhão).
Na Região Sudeste, houve aumento de 1,4% no comparativo das vendas ao mercado externo do primeiro bimestre deste ano (US$ 17,166 bilhões) com as do ano passado (US$ 16,929 bilhões). As exportações regionais representaram 53,71% do total bimestral. Em relação às importações, as compras somaram US$ 20,909 bilhões, o que levou a um déficit de US$ 1,179 bilhão no período. São Paulo foi o maior exportador regional (US$ 7,713 bilhões) e o estado também registrou o maior valor nas importações do Sudeste (US$ 14,032 bilhões) no período.
A Região Centro-Oeste vendeu ao setor externo US$ 3,379 bilhões e as exportações registraram retração de 8,54% em relação a 2013 (US$ 3,695 bilhões). A participação da região sobre o total embarcado pelo país foi de 10,58%. A importação, no período, somou US$ 2,089 bilhões. Com isso, o saldo regional foi positivo em US$ 882 milhões. Mato Grosso foi o maior exportador da região (US$ 1,797 bilhões) e Mato Grosso do Sul foi responsável pelo maior volume de importações (US$ 921 milhões).
Os embarques da Região Nordeste (US$ 2,267 bilhões), de janeiro a fevereiro, corresponderam a 7,09% do total exportado pelo país e tiveram queda de 6,86% na comparação com os mesmos meses de 2013 (US$ 2,434 bilhões). O Nordeste importou US$ 4,785 bilhões do mercado externo e houve saldo negativo de US$ 1,102 bilhão. A Bahia foi o estado nordestino que mais exportou (US$ 1,374 milhões) e Pernambuco foi o maior importador regional (US$ 1,392 bilhão).

Fonte: http://www.comexblog.com.br/clipping-comex/norte-sul-e-sudeste-tiveram-aumento-de-exportacoes-no-primeiro-bimestre

segunda-feira, 24 de março de 2014

115th Canton Fair.


Brasil cai 20 posições em ranking de logística do Banco Mundial.

O Brasil caiu 20 posições no ranking de logística feito pelo Banco Mundial, ficando em 65° lugar entre 160 países.

Para a avaliação, são considerados fatores como procedimentos alfandegários, infraestrutura prazos de entrega e rastreamento.

O país ficou atrás de vizinhos como Argentina e Chile, e dos companheiros de BRICs China, Índia e África do Sul. O primeiro lugar ficou com a Alemanha, seguido da Holanda, da Bélgica e do Reino Unido.

No último ranking divulgado, em 2012, o Brasil ocupava a 45° posição.

DESEMPENHO RUIM

Comparadas às médias obtidas pelo país nos quatro últimos relatórios divulgados (2007, 2010, 2012, 2014), as notas do Brasil neste ano foram todas mais baixas - com exceção da qualidade logística, que se manteve.

O pior desempenho do país foi sobre a eficiência do gerenciamento alfandegário. Nesse quesito, o Brasil ficou 94° lugar, perdendo para vários outros países latinos e do Caribe, como El Salvador, Paraguai e Equador.

Na avaliação sobre entregas internacionais - que mede, entre outros, a capacidade do país de conseguir preços competitivos neste tipo de entrega -, o Brasil caiu para a 81° posição.

Segundo o Banco Mundial, a distância entre os países com melhor e os com pior performance em logística de comércio ainda é muito grande.

"Uma cadeia de fornecimento pouco eficiente é a principal barreira para a integração do comércio mundial", observou o relatório.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/03/1428313-brasil-cai-20-posicoes-em-ranking-de-logistica-do-banco-mundial.shtml


sexta-feira, 21 de março de 2014

Brasil questiona, na OMC, subsídios da Índia ao açúcar

O Brasil, que lidera a produção global de açúcar, vai colocar pressão sobre a Índia – que ocupa o segundo lugar nesse ranking – hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa dos generosos subsídios prometidos por Nova Déli a seus produtores.

Fonte: http://comexleis.com.br/news/?p=12242

quinta-feira, 20 de março de 2014

Alfândega no Porto de Itajaí retém 19 toneladas de produtos falsificados.

A Alfândega da Receita Federal no Porto de Itajaí/SC fez a retenção, em 18 de março,  de um container com de cerca de 19 toneladas de produtos contrafeitos de marcas conhecidas, como: Adidas, Nike, Quiksilver, Bilabong, entre outras.
Os produtos, dentre eles, bermudas, agasalhos e tênis vieram da China e foram apreendidos em recinto alfandegado da jurisdição da Alfândega.
A  carga foi selecionada pela equipe de Análise de Risco que, com base nas informações disponíveis nos sistemas informatizados da RFB, promoveu o bloqueio da carga antes do registro do despacho de importação. 
Após os trâmites processuais, as mercadorias serão encaminhadas para destruição.


Fonte: http://acoesdareceita.receita.fazenda.gov.br/posts/2014/3/alfandega-de-itajai-retem-19-toneladas-de-produtos-falsificados

Comércio exterior: Novos rumos.

Um levantamento dos últimos quinze anos mostra que o comércio exterior praticado pelo Brasil cresceu de maneira vertiginosa: segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 1996, o País exportou US$ 47,7 bilhões e, em 2010, US$ 201 bilhões. Mas nada disso, porém, foi resultado de esforço concentrado da diplomacia brasileira, marcada nos últimos oito anos por um viés ideológico que pouco contribuiu nesse sentido. Pelo contrário.
Não houve nesse tempo nenhum esforço para reduzir barreiras tarifárias ou criar com algum bloco ou grande país um ambiente que pudesse ampliar a penetração dos produtos nacionais. Em outras palavras: não foi assinado nenhum acordo de livre comércio que envolvesse um grande mercado. O Mercosul, com duas décadas de existência, continua à espera de avanços que nunca se concretizam, depois de muitas rodadas de negociações inócuas. Portanto, a ampliação das exportações deu-se muito mais em função do aumento da procura internacional, especialmente de países asiáticos e, muito particularmente, da China.
O problema é que a China só tem interesse, praticamente, em commodities. Em razão disso, a proporção da exportação de produtos de alta, média e baixa intensidade tecnológica vem caindo, o que significa que o País está perdendo espaço no mercado de produtos baseados no conhecimento e na tecnologia. Não adianta o governo brandir a previsão segundo a qual o saldo comercial (diferença entre exportações e importações) de 2011 deverá atingir US$ 30 bilhões, quando se sabe que essa perspectiva só existe em função da manutenção de preços altos dos produtos agrícolas.
Ao contrário da China, que a partir da década de 1980 definiu uma estratégia de inserção global que, hoje, dá os frutos esperados, o Brasil, ao longo dos últimos governos, nunca mostrou uma política de expansão comercial. Geralmente, a política comercial andou atrelada à política externa, quando o pragmatismo indicaria que deveria ser o contrário. Isso significou uma redução na corrente de comércio com os Estados Unidos, a maior economia do planeta e também o grande concorrente do agronegócio brasileiro. O pior é que o governo norte-americano vem negociando acordos com países latino-americanos, com a Coreia e a Austrália, que podem reduzir o espaço do agronegócio brasileiro no mundo.
A falta de uma estratégia de inserção global se constata também na ausência de um plano de reestruturação da precária infraestrutura portuária e de transporte do País, cuja implementação é tarefa para décadas.  E não só.  Falta coragem também para enfrentar problemas difíceis, como a votação pelo Congresso de uma reforça tributária séria e colocar um fim na chamada “guerra fiscal”, que não favorece a produção interna. Enquanto isso, a venda de produtos manufaturados para o exterior perde participação no total exportado, pois era de 41,1% no acumulado dos primeiros cinco meses de 2010 e agora é de 36,4%.
Portanto, está na hora de o País reagir, atacando em várias frentes, desde um avanço diplomático em busca de novos mercados até a redução do chamado custo Brasil, que inclui a construção de uma infraestrutura mais eficiente e menos cara, uma carga tributária menos extorsiva e preços de energia menos exorbitantes, entre outros temas.

Fonte: http://www.comexblog.com.br/exportacao/comercio-exterior-novos-rumos

terça-feira, 18 de março de 2014

Paraguai quer ser parceiro da indústria brasileira.

Em seminário na Fiep, Gustavo Leite, responsável pelo ministério de Indústria e Comércio paraguaio, diz que seu país se apresenta como alternativa para aumentar a competitividade das empresas nacionais.
A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) recebeu nesta quarta-feira (12), em Curitiba, o ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, que apresentou a empresários paranaenses oportunidades de negócios com o país vizinho. Acompanhado de uma comitiva de técnicos do governo paraguaio, Leite afirmou que a intenção de seu país ao buscar a atração de investimentos brasileiros não é tirar empregos do Brasil, mas criar uma integração entre as cadeias produtivas dos dois países que possibilite maior competitividade às empresas.
O Seminário Brasil-Paraguai realizado nesta quarta foi decorrência da missão empresarial brasileira, composta por 178 empresários e liderada pelo presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, que no mês passado visitou a região de Assunção. “Nessa visita vimos que o Paraguai pode ser uma alternativa para que indústrias brasileiras, sem deixarem de produzir aqui, possam ser competitivas principalmente no mercado global, utilizando o país como base exportadora”, disse Campagnolo. “Pelo ambiente de negócios atual do Brasil, temos alguns setores que perderam competitividade e muitas indústrias que passaram a ser apenas importadoras. Temos que encontrar oportunidades para essas empresas e percebemos que o Paraguai pode ser uma alternativa, já que tem feito a lição de casa melhor que o Brasil”, completou o presidente da Fiep.
Segundo o ministro Gustavo Leite, a aproximação que o governo paraguaio vem buscando com empresários brasileiros está de acordo com o alinhamento político que está ocorrendo entre os presidentes dos dois países. “Nossa intenção com esta reunião na Fiep é aprofundar a visão da presidente Dilma (Rousseff) e do presidente Horacio (Cartes) de que Brasil e Paraguai devem trabalhar juntos em cadeiras produtivas ganhar-ganhar”, afirmou. “Não queremos tirar empregos do Brasil, que vive hoje uma situação de quase pleno emprego e continua crescendo. O que queremos é ir junto com o Brasil para o mundo”, acrescentou.
Segundo Leite, o interesse de indústrias brasileiras e de outras partes do mundo pelo Paraguai vem crescendo por dois motivos principais. O primeiro é o ambiente macroeconômico do país. “O Paraguai tem sido um país muito estável, e a primeira coisa que o empresário quer é estabilidade econômica. A inflação é muito baixa, é um país com um sistema financeiro muito solvente, com muitas reservas”, disse. O segundo é a política de incentivos do governo paraguaio, principalmente no que se refere ao sistema tributário. “O Paraguai é quase um paraíso fiscal. Estamos com uma política de atrair empresas e criar empregos dignos no Paraguai e temos muita competitividade para oferecer”, afirmou.
Os benefícios são ainda maiores para indústrias que utilizam o Paraguai como base exportadora. Pelo chamado Regime de Maquila, as empresas podem importar matérias primas e insumos com suspensão de impostos e, na hora de vender o produto acabado para o exterior – o que inclui o Brasil –, pagam um imposto único de 1% sobre o valor agregado à mercadoria. “Temos empresas de várias partes do mundo se instalando no Paraguai. Isso quer dizer que alguma coisa está acontecendo, não somos nós, como funcionários do governo, que estamos promovendo o país. Esse trabalho tem que estar suportado por dados reais”, concluiu o ministro.
Durante o seminário, o empresário argentino Jorge Bunchicoff, proprietário da Blue Design, que confecciona jeans, fez um relato de sua experiência empresarial no Paraguai. Bunchicoff atua no país há 17 anos e foi uma das primeiras empresas a se inserir no Regime de Maquila. No ano passado, inaugurou uma nova fábrica da Blue Design nos arredores de Assunção – visitada pela missão brasileira em fevereiro –, que hoje emprega 600 pessoas e produz aproximadamente 85 mil calças por mês. A capacidade da planta, porém, é de produzir até 200 mil peças mensais, nível que deve ser alcançado dentro de um ano e meio, quando o quadro de colaboradores deve chegar a 1 mil trabalhadores. “Se fizemos esse investimento alto no ano passado, depois de 17 anos no Paraguai, é sinal de que acreditamos que podemos crescer ainda mais”, resumiu o empresário.
Além de Gustavo Leite, participaram do seminário desta quarta-feira diversos técnicos do Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai. Estiveram presentes ainda o diretor brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, o secretário estadual em exercício da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Horácio Monstechio, e o secretário de Administração da prefeitura de Curitiba, Fábio Scatolin. O evento teve também a participação de empresários e representantes de entidades empresariais paranaenses.

Fonte: http://www.comexblog.com.br/destaques/paraguai-quer-ser-parceiro-da-industria-brasileira-afirma-ministro

Petrobras deve elevar importação de gasolina em 2014.

As importações de gasolina pela Petrobras deverão quase dobrar em 2014, com a estatal correndo para atender ao crescimento do consumo interno de combustíveis, disse à Reuters uma fonte da indústria familiarizada com o assunto.
As importações de petróleo e derivados no país são feitas em sua maioria pela estatal, que tem tido seus resultados afetados nos últimos anos pela política de combate à inflação do governo, que implica na venda pela estatal no mercado interno de combustíveis a valores mais baixos do que os de compra no mercado externo.
Tais compras externas de derivados de petróleo também estão entre os principais fatores que afetam o desempenho da balança comercial brasileira.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a questionamentos sobre o assunto.
O aumento das importações de gasolina ocorreria diante de previsões do órgão regulador do setor de crescimento na demanda por combustíveis em 2014 de 4 a 5 por cento.
Além disso, em 2014 é muito provável que a Petrobras não conte com o crescimento de quase 20 por cento na produção de etanol registrado da safra do ano passado, o que colaborou para a empresa reduzir em 63 por cento as importações de gasolina em 2013 ante 2012.
As primeiras avaliações do setor apontam uma produção do biocombustível estagnada na temporada 2014/15 por conta da severa seca que atingiu as principais regiões produtoras.
Quando o preço do biocombustível é competitivo frente ao da gasolina, motoristas de carros flex tendem a elevar o consumo de etanol.
No ano passado, além de um maior consumo de etanol hidratado pelos carros bicombustíveis, a Petrobras ainda se beneficiou do aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, que subiu de 20 para 25 por cento.
A avaliação da fonte leva em conta, entre outras coisas, que os produtores de etanol sejam capazes de produzir volumes suficientes para atender a mistura de 25 por cento de etanol anidro na gasolina.
Importação de Diesel
A Petrobras, entretanto, deverá reduzir as importações de diesel para volumes entre 150 mil e 160 mil barris/dia, contra 174 mil barris/dia em 2013, segundo a fonte.
Isso principalmente pelo início da operação da Refinaria do Nordeste (Rnest), no último trimestre de 2014, que amenizará a necessidade de importação na média do ano.
“Serão dois meses cheios de refino da Rnest e isso vai influenciar bastante na média anual de importação”, afirmou a fonte, destacando ainda que o diesel é o combustível mais vendido pela Petrobras e com importante impacto nas contas da estatal.
As vendas de diesel responderam por cerca de 43 por cento do consumo total de combustíveis em 2013 no Brasil, segundo dados da ANP.
A primeira fase da Rnest, no Nordeste, tem previsão de início de operações em novembro de 2014, com capacidade de 115 mil barris de petróleo por dia (o chamado trem 1), segundo a Petrobras.
A refinaria em Pernambuco será a unidade da Petrobras com a maior taxa de conversão de petróleo em diesel: o equivalente a 70 por cento de sua produção.

Fonte: http://www.comexblog.com.br/clipping-comex/petrobras-deve-elevar-importacao-de-gasolina-em-2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Brasília sediará primeira edição do Seminário de Operações de Comércio Exterior em 2014

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), realizará, no próximo dia 25 de março (terça-feira), a primeira edição de 2014 do Seminário de Operações de Comércio Exterior. O evento será no auditório do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em Brasília. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo e-mail: seminario.com.ext@mdic.gov.br. O seminário é gratuito e aberto a todos os interessados. A programação completa pode ser acessada no site do MDIC.
Esta será a 22ª edição do Seminário de Operações de Comércio Exterior, onde técnicos do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) da Secex palestram sobre temas de interesse dos operadores comerciais, como: controle administrativo, licenças de importação e regimes de drawback. Além das palestras, são realizados despachos executivos, com atendimentos a casos específicos sobre operações de drawback, contingenciamento, similaridade e importação de material usado. Estes atendimentos devem ser agendados com antecedência.
Os seminários são uma das ações realizadas pela Secex para aprimorar sua relação com o público. Em 2014, os eventos serão realizados mensalmente. Depois de Brasília, os seminários serão levados para capitais dos estados, em parceria com entidades estaduais.
Serviço
Evento: Seminário de Operações de Comércio Exterior
Data:  25 de março (terça-feira)
Local: Auditório do Serpro
Endereço: SGAN, quadra 601, módulo V, Brasília, DF
Horário: de 8h30 até 17h
Inscrições: pelo e-mail seminario.com.ext@mdic.gov.br
Programação: no site do MDIC
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198

Fonte:http://www.comexblog.com.br/clipping-comex/brasilia-sediara-primeira-edicao-do-seminario-de-operacoes-de-comercio-exterior-em-2014

Exportações aumentam 5,8% no trimestre terminado em Janeiro.

As exportações aumentaram 5,8% e as importações 4,8% no trimestre terminado em janeiro de 2014, face ao período homólogo, tendo o défice comercial aumentado em 0,2 milhões de euros, divulgou o Instituto Nacional de Estatística.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), entre novembro de 2013 e janeiro de 2014 a taxa de cobertura registou um aumento homólogo de 0,9 pontos percentuais (p.p.), para 83,2%.
Considerando apenas janeiro de 2014, as exportações de bens aumentaram 2,3% e as importações de bens 9,3% face ao mês homólogo (respetivamente +9,0% e +3,4% em dezembro de 2013).
De acordo com o INE, o aumento das exportações traduziu a evolução do comércio intra-União Europeia (UE) (devido principalmente aos combustíveis minerais e vestuário), já que no comércio extra-UE se verificou uma diminuição.
Já a subida de 9,3% das importações resultou sobretudo do acréscimo registado no comércio intra-UE (generalizado à quase totalidade dos grupos de produtos, mas em especial nos combustíveis minerais e veículos e outro material de transporte).
Em termos das variações mensais, em janeiro de 2014 as exportações aumentaram 11,9% face a dezembro de 2013, devido à evolução do comércio intra-UE (sobretudo nas máquinas e aparelhos, veículos e outro material de transporte e combustíveis minerais), dado que no comércio extra-UE se registou uma redução.
Quanto às importações, aumentaram 10,3% em termos mensais, em resultado do aumento no comércio extra-UE (essencialmente combustíveis minerais), tendo o Comércio intra-UE recuado.
Analisando o comércio intracomunitário, no trimestre terminado em janeiro de 2014 as exportações aumentaram 5,9% e as importações 8,4%, face ao período homólogo, a que corresponde um défice de 2.309,7 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 78,2%.
Em janeiro de 2014, as exportações aumentaram 3,9% face ao mesmo mês de 2013, em reflexo principalmente da evolução dos combustíveis minerais e vestuário, enquanto as importações aumentaram 9,3%, traduzindo o acréscimo generalizado da quase totalidade dos grupos de produtos, mas particularmente dos combustíveis minerais e veículos e outro material de transporte.
Em relação ao mês anterior, as exportações aumentaram 19,9% em janeiro e as importações diminuíram 1,4%.
No que respeita ao comércio extracomunitário, no trimestre terminado em janeiro de 2014 e face ao período homólogo, as exportações aumentaram 5,6% e as importações diminuíram 4,9%, a que correspondeu um défice de 52,8 milhões de euros e uma taxa de cobertura de 98,5%.
Segundo o INE, excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 2,9% e as importações 2,2%, face ao período homólogo.
Com exclusão deste tipo de bens, o saldo da balança comercial atingiu um excedente de 1.123,6 milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 165,3%.
Em janeiro, as exportações para os Países Terceiros diminuíram 2,0% face a janeiro de 2013, e as importações aumentaram 9,1%, tendo o recuo das exportações sido de 5,4% e o aumento das importações ascendido a 55% relativamente ao mês anterior.
Numa análise por grandes categorias econômicas, no trimestre terminado em janeiro de 2014, face ao período homólogo, o INE destaca a subida nas exportações de combustíveis e lubrificantes (+33,5%), nomeadamente produtos transformados, e nas importações de material de transporte e acessórios (+23,7%).



Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/interior.aspx?content_id=3733678&page=-1