Bens que desembarcarem no país nesta data não serão liberados nos portos, aeroportos e fronteiras; categoria reivindica aumento salarial
Naiara Infante Bertão
Os auditores fiscais prometem para
o próximo dia 30 uma nova rodada de protesto – será o "Dia da Mobilização
de Advertência" nos portos, aeroportos e fronteiras do Brasil – para
chamar atenção do governo para um pedido de reajuste salarial.
Ayrton Eduardo de Castro Bastos, secretário-geral do Sindicato
Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco),
relatou nesta segunda-feira ao site de VEJA que desde 9 de maio, quando houve a
primeira paralisação parcial, segue o
impasse. Houve reunião da entidade com representantes do governo, mas nenhuma
proposta foi feita. Se Brasília não mudar tal posição até o fim deste mês, nova
mobilização será feita em todo o país, explica o Sindifisco.
Os auditores têm a intenção de
fazer, novamente, uma "operação-padrão" - à exemplo da última
mobilização, não farão a liberação de mercadorias nos portos, aeroportos e
fronteiras. A iniciativa deverá complicar ainda mais a já difícil situação que
importadoras vêm enfrentando desde a instalação, em março, da chamada 'Operação
Maré Vermelha' da Receita Federal – que consiste na ampliação do escopo de
inspeção manual das mercadorias.
Leia
Mais: Empresas têm prejuízo com 'Maré Vermelha' da Receita
O novo 'Dia da Mobilização'
afetará todos os negócios de importação realizados por empresas, e também
compras de artigos importados realizados por pessoas físicas e jurídicas em
portais de comércio eletrônico, como a americana Amazon. Não haverá, nos
aeroportos, mudança no padrão de inspeção das malas de passageiros que
desembarcam no país.
Maré
Vermelha – O anúncio ocorre em um momento em que compras realizadas
no exterior encontram maior dificuldade para obter liberação por parte das
autoridades em portos e aeroportos nacionais. Com o intuito de combater
fraudes, os auditores da Receita realizam há três meses a “Operação Maré
Vermelha”. Como o órgão não investiu significativamente em pessoal e em equipamentos
para dar conta da atuação ampliada, o resultado tem sido muita demora para
legalizar a entrada de produtos no país. Em alguns casos, leva-se o dobro do
tempo para realizar essa tarefa. Consumidores e empresários alegam prejuízo com
a medida.
Reajuste – O
Sindifisco quer negociar com o governo um reajuste de salário, o que não
acontece desde o segundo semestre de 2010 (o porcentual ainda será discutido).
Reivindica ainda melhores condições de trabalho. “A ideia é abrir um canal de
negociação que não prejudique a população nem o empresariado”,
diz Maurício Zamboni, diretor de comunicação do sindicato.
Fonte: VEJA ON LINE
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